A terceira etapa do
Programa Minha Casa,
Minha Vida
O
Governo Federal foi tema de debate com movimentos sociais, nesta terça-feira
(12), em Brasília (DF). O ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias,
participou da discussão, junto com os ministros da Secretaria-Geral da
Presidência da República, Miguel Rossetto, das Cidades, Gilberto Kassab, e
o secretário-executivo do Planejamento, Orçamento e Gestão, Dyogo Oliveira.
O
encontro deu continuidade ao diálogo iniciado em 23 de março, quando o Governo
Federal e movimentos sociais de todo o País acertaram encaminhamentos para o
Programa. A ideia era que, após esse período, o governo pudesse dar celeridade
ao fluxo de pagamento das obras em andamento; contratar o que foi acordado com
os movimentos no ano passado; além de continuar as discussões da terceira etapa
do MCMV. A previsão é que o programa seja lançado em junho deste ano.
O
ministro Patrus Ananias participou da reunião com os movimentos sobre o tema,
pela primeira vez, e mostrou-se satisfeito com o andamento das propostas. “Para
mim, foi um aprendizado. Não é um caminho fácil, mas o fato de estarmos
dialogando significa que estamos avançando”, refletiu. O MDA auxiliará no
acesso das famílias ao Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF), que é uma
das reivindicações das famílias que aguardam moradia. “Daremos atenção especial
à reforma das casas e especificaremos unidades para a reforma agrária”,
confirmou.
Segundo
o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto,
esse momento de encontro entre governo e movimentos é de extrema importância.
Ele comentou da grandeza do Programa e da disposição do governo em acertar. “O
Minha Casa, Minha Vida é um programa muito grande, por isso temos limitações.
Esse momento com os movimentos é importante, para que possamos levar à
presidenta um padrão de sensibilidade e que possamos ter grandes vitórias”,
disse. “Queremos muito acertar com esse programa”, enfatizou Rossetto.
Propostas
Dentre
as propostas para o Minha Casa, Minha Vida na área rural, estão a ampliação do
repasse para as unidades habitacionais; o aumento de 166 mil casas construídas
atualmente para 800 mil moradias; bem como a simplificação dos procedimentos
para a reforma das unidades. A previsão é de que sejam construídas dez mil
moradias nesta etapa.
A
agricultora familiar Jéssica Brito, do Movimento Camponês Popular de Goiânia
(GO), reconheceu que é um grande passo o diálogo entre governo e movimentos
sociais. Ela faz parte de cerca de duas mil famílias do Movimento que aguardam
moradia. “É um avanço o Governo Federal ter reconhecido a necessidade de
dialogar e ter chamado os movimentos para isso, estabelecendo essa ponte de
como está o andamento das coisas pelo lado do Governo e a gente expor as coisas
do nosso lado.” Mesmo com o atual momento do governo, Jéssica acredita que as
coisas caminharão. “A expectativa é que esse programa avance, mas em um ritmo
menos acelerado.”
Ascom/MDA