segunda-feira, 20 de abril de 2015

MLB e Arca Potiguar - Presente no Dia Nacional de Lutas Por Moradia



Dia Nacional de Lutas
por Moradia Digna


No dia 15 de abril, foi deflagrado pelos movimentos de luta por moradia em todo Brasil, como o Dia Nacional de Lutas por Moradia Digna para milhões de brasileiros que ainda não tem sua casa para morar.

No Rio Grande do Norte o Movimento de Lutas dos Bairros Vilas e Favelas – MLB, a Central dos Movimentos Populares e a ARCA Potiguar, realizaram no RN movimentações pelas ruas de Natal, oportunidade que foi feita manifestações na Superintendência do Patrimônio da União – SPU, na Caixa Econômica Federal e na Secretaria de Estado de Trabalho, Habitação e Assistência Social.

Uma movimentação muito boa foi realizada neste dia, conseguindo alcançar um bom nível de entendimentos e negociações com estes órgãos.


No RN estas entidades tem uma demanda de mais de 15 mil famílias que precisam de moradia e hoje na Caixa Econômica Federal existe cerca de 20 projetos que beneficiam famílias de Natal, Mossoró, Caraúbas, Felipe Guerra, Viçosa entre outros aguardando contratações por parte da CEF e Ministério das Cidades.


A Caixa Econômica Federal como executora do programa Minha Casa Minha Vida/FDS – Entidades, tem alegado que a grande dificuldade para realizar as contratações dos projetos já analisados e aprovados é a falta de recursos que precisam serem liberados do Orçamento Geral da União/Ministério das Cidades.








 




sábado, 4 de abril de 2015

MLB 11 anos em Natal e no RN - Lutando por Moradia



Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas - MLB completa 11 anos em Natal

De acordo com Wellington Bernardo, coordenador nacional do MLB, movimento alcançou 12 cidades no RN e atende a cinco mil famílias potiguares

Já são 11 anos desde que o Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) chegou a Natal, deflagrando a ocupação do atual conjunto Leningrado, na zona Oeste da capital, com 1400 famílias. O pernambucano Wellington Bernardo, que trabalhava na coordenação do movimento na Paraíba, foi enviado para começar a mobilização na capital potiguar, em 2004. De lá para cá, de acordo com ele, o MLB alcançou 12 cidades do Estado e atende a cinco mil famílias potiguares.

“A gente identifica uma área sem nenhuma função social, cadastra pessoas da região que moram de aluguel e faz a ocupação no local”, afirma Wellington, que atualmente é coordenador nacional do MLB, sobre o forma de atuação da entidade. Atualmente, são mantidas três ocupações no Rio Grande do Norte. Os principais municípios de atuação, além de Natal, são Mossoró, Caicó, e cidades da região metropolitana da capital, tais como São Gonçalo do Amarante, Ceará-Mirim e Parnamirim.

O movimento surgiu nacionalmente em 1999 e está presente em 16 unidades da federação. De acordo com Wellington, o movimento não depende de nenhum partido político e se mantém através da contribuição das famílias. Apesar disso, ele não descarta participação do movimento nas próximas eleições. “Ainda está distante, ainda precisamos conversar sobre isso, mas achamos importante termos um representante na Câmara Municipal, até porque os que estão lá não nos representam”, afirma, sem apontar possíveis nomes. Embora não tenham ligação direta com partidos, o MLB tem formação socialista e não impede que seus membros tenham filiação partidária. “Somos todos seres políticos”, defende o coordenador.

Wellington ingressou no movimento aos 14 anos de idade, quando sua mãe conseguiu a casa própria através do MLB. Reeleito, no ano passado, coordenador nacional do movimento, ele também é membro do Conselho Nacional das Cidades, no qual o grupo tem cadeira cativa.

Moradias
O acesso à moradia, que é a principal pauta do MLB, ainda é muito difícil, segundo ele, apesar de programas governamentais como o Minha Casa Minha Vida. “Em Natal, hoje, existem três mil imóveis das faixas dois e três do Minha Casa Minha Vida fechados. Enquanto isso, 40 mil famílias da faixa um continuam sem moradia”, argumenta. Ele afirma que foram entregues apenas cerca de 900 imóveis deste último tipo e outros 1.700 estão sendo construídos. As faixas citadas por Wellington Bernardo são diferenciadas pela renda das famílias cadastradas. A faixa um, por exemplo, recebem até R$ 1.600,00 por mês, enquanto as outras duas seguem padrões de renda de até 10 salários mínimos.

Desde que chegou a Natal, o movimento conseguiu implementar várias comunidades. Além do Leningrado, houve o Luiz Gonzaga, em Mãe Luiza; o Djalma Maranhão, na zona Norte da capital; o Pião; além de outros dois nos Guarapes, transferidos recentemente para o Planalto.

 http://jornaldehoje.com.br/movimento-de-luta-nos-bairros-vilas-e-favelas-completa-11-anos-em-natal/